Gringos, nômades, pretos – políticas do musicar africano em São Paulo
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Jasper Chalcraft
IN: Dossiê – Resistências musicais entre arte e política – v. 65 n. 2 (2022) | Revista de Antropologia (usp.br)
Ao acompanhar nos últimos anos músicos africanos recém-chegados ao Brasil, observamos como seu musicar em São Paulo cria um mundo de imaginação e potencialidade política, um espaço para a solidariedade, habitado por entidades africanas e afrodiaspóricas da história passada e presente, de lutas e manifestações artísticas anticoloniais, antiescravistas ou afropolitanas (Mbembe, 2015). Como estes músicos lidam com as políticas raciais e culturais do país? Como o racismo e os movimentos afro-brasileiros os interpelam? Que capitais transculturais (Glick-Schiller e Meinhof, 2011) ou formas de “ação social” (Blacking, 1995) mobilizam para navegar na cena artística brasileira? Como lidam com as instituições culturais e com os movimentos sociais? Ser africano no Brasil – seja no palco, no estúdio de gravação, em eventos artivistas ou solidários – é sempre um ato de resistência. “Gringos” ou “nômades” estes artistas constituem uma “comunidade musical” (Shelemay, 2011) com quem dialogamos num fazer etnográfico fílmico e compartilhado.
Link PDF: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/198226/188039
Link PDF inglês: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/198226/188040
XML: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/198226/188111
Revista Screenworks
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Jasper Chalcraft
Publicação do filme Afro-Sampas na Revista Screenworks com 2 reviews produzidas pela revista.
O visto e o invisível
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Jasper Chalcraft
Este ensaio resulta de colaborações entre o artista da República Democrática do Congo Shambuyi Wetu e nós, antropólogos. Em suas quimeras, Shambuyi materializa identidades alternativas para o imigrante e o refugiado africanos no Brasil. Com sua utopia crítica, promove uma narrativa decolonizadora acerca da escassez, da guerra, do sofrimento.
Collaborative post-production
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Jasper Chalcraft
This chapter examines the ethics, aesthetics, and techniques of collaborative post-production. 1 In ethnographic filmmaking, collaborative post-production is a multi-faceted process, and here we focus on on only one aspect, one generally associated with the final phases of editing: the soundtrack, be it with music, sound recordings, or with the human voice. We discuss the central role that collaboration takes in some ethnographic filmmaking, calling attention for its place not only in the production process, but also in the period of “post”-production, when the film is already partially or completely edited, and the soundtracks are finally introduced.
The Routledge International Handbook of Ethnographic Film and Video (LINK)
Opening Eyes through Ears
Migrant Africans Musicking in São Paulo
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Jasper Chalcraft
This chapter explores translocal musicking by African musicians in Brazil, understanding this as a way of producing both localities and identities. What kinds of localities are being produced in a city that is hosting a new kind of African migration, and what happens to the musics that come with it? Drawing on three case studies, it details how African musicians negotiate their identities in Brazil. It also looks at how politics becomes integral to this process and how a shared transnational sensibility is sung into visibility.
The Routledge Companion to the Study of Local Musicking (LINK)
Bagagem desfeita: a experiência da imigração por artistas congoleses
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Jasper Chalcraft
Josep Juan Segarra
Dois artistas congoleses em São Paulo, Yannick Delass e Shambuyi Wetu, encontram-se em performances que registramos e recriamos. Aqui, música e arte são momentos de empoderamento, mudanças sutis na visibilidade e no espaço auditivo das políticas da imigração.
Gesto, Imagem e Som (LINK)
Imagens que atravessam. Diáspora africana em performance.
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Jasper Chalcraft
Este artigo analisa como os artistas da diáspora africana no Brasil engajam com espaços institucionais de memória coletiva e com o mundo das artes em seus novos lares, e consideramos o que isso implica para as políticas da memória no Brasil e além. Descrevemos a parceria de produção de imagens e performances entre Shambuyi Wetu, artista congolês que vive em São Paulo, e nós, uma antropóloga brasileira e um britânico. Discutimos algumas questões colocadas no nosso encontro com os artistas da diáspora: Como histórias difíceis podem ser representadas, e quais as implicações de diferentes representações? O que é simplificado – e o que é complexificado – no questionamento transnacional de histórias racistas nacionais? O que significa para um artista africano falar sobre o sofrimento dos negros no Brasil?
Artelogie (LINK)
Tabuluja (Wake Up!)
Rose Satiko Gitirana Hikiji
Jasper Chalcraft
Shambuyi Wetu
In his performances, Shambuyi Wetu, an artist from the Democratic Republic of Congo and a refugee in São Paulo, constructs narratives about the diaspora experience and the context of l’homme noir in the world. Part of the Afro-Sampas collection, the film Tabuluja is a collaboration between the artist and anthropologists Rose Satiko Gitirana Hikiji and Jasper Chalcraft. The research and film explore the experiences of African musicians, dancers, and artists currently residing in São Paulo, and are part of the project ‘Being/Becoming African in Brazil: migrating music and heritages’.
Trajectoria: Anthropology, Museums & Art (LINK)